quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Movimentos sociais programam protestos para Dia da Independência

Movimentos sociais e sindicais de Niterói estão planejando, nesta quarta-feira, através de redes sociais, uma série de manifestações na cidade. Vestidos de preto e munidos com faixas e apitos, os manifestantes pretendem marchar pela cidade, em protesto contra o que chamam de omissão da Prefeitura de Niterói em relação aos problemas do município. Os grupos pretendem se encontrar em frente à casa do prefeito.

A partir das 9h, os militantes se concentram, na Praça da República, no Centro, para a já tradicional marcha do Grito dos Excluídos. De lá, por volta de 11h, o grupo segue em caminhada até o bairro de Boa Viagem, onde mora o prefeito Jorge Roberto Silveira. No local os manifestantes pretendem realizar um ato chamado "Proclamação de Independência".

O principal meio de convocar a população para os atos tem sido o site de relacionamento Facebook, através do grupo "Niterói não tem prefeito", que reúne mais de seis mil membros. No convite virtual para o evento "Proclamação da Independência" mais de 300 pessoas já confirmaram presença na manifestação de 7 de setembro.

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FONTE: O GLOBO ONLINE.

Estudantes de Niterói denunciam racismo na Bienal do Livro


Publicado em: 07/09/2011

Texto: Augusto Aguiar
Foto: Bárbara Grebe

Alunos da Escola Estadual Guilherme Briggs, em Santa Rosa, Zona Sul de Niterói, sentiram na pele, na tarde da última segunda-feira, a dor do preconceito racial, que supostamente para muitos não ocorreria mais em nosso país, muito menos nas dependências de uma feira literária, onde nossa cultura é expressada das mais variadas formas, nas páginas publicadas por inúmeras editoras. Preconceito e injúria racial são crimes passíveis de prisão, no artigo 9º da Lei 7716/89.
De acordo com a diretora da escola, Alcinéia de Souza, o fato entristeceu e chocou os alunos da unidade, uma das mais conhecidas do município, foi registrado ontem da Delegacia Legal de Icaraí (77ª DP), e formalmente encaminhado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.
De acordo com a diretora do estabelecimento de ensino, na tarde de segunda-feira ela levou um grupo de 45 alunos que cursam o Ensino Médio da escola até a Bienal do Livro 2011, que se realiza no pavilhão do Riocentro, na Zona Oeste do Rio. No local, entusiasmados os alunos, com idades entre 15 e 17 anos, se espalharam para apreciar os vários estandes. Segundo os alunos e a diretora, num deles da Editora Abril ocorria uma promoção, onde eram distribuídos uma espécie de senha para que os jovens prestigiassem a tarde de autógrafos do ator e apresentador Rodrigo Faro. Entusiasmadas, duas alunas do colégio, de 16 e 17 anos, se dirigiram até um dos promotores, inicialmente identificado apenas como “Pedro” ou “Roger” - no intuito de conseguir uma das senhas. Do promotor as alunas ouviram (incrédulas) insultos do tipo: “Não vamos dar a senha porque vocês são pretas do cabelo duro”, e também “não gosto de mulheres negras, por isso não darei senhas para vocês”. Segundo uma das alunas, indignada com a ofensa ainda tentou argumentar com o promotor - “isso é um tipo de bullying, e pode te trazer problemas”. Com resposta o promotor rebateu, afirmando que isso não daria problema nenhum para ele”.
Como o grupo estava espalhado pelo pavilhão de exposições, a diretora da escola afirmou que só tomou conhecimento do fato quando os alunos já estavam deixando o evento. Revoltada, Alcinéia retornou ao estende da Editora Abril, à procura do responsável pela representação da empresa, que de acordo com ela pediu-lhe desculpas (omitindo a identificação do promotor) e alegando que tomaria providências. “Sentindo-se humilhada, uma das alunas disse que sequer conseguiu dormir de segunda para terça-feira”, explicou Alcinéia, que no início da tarde de ontem, acompanhada dos alunos, pais, e de um advogado (que também é professor da unidade), José Carlos de Araújo, registrou queixa de crime de Injúria e Preconceito Racial na 77ª DP. A distrital encaminhou o procedimento para a Delegacia Legal do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP).
“Ensinamos os princípios da cidadania para os alunos, explicando inclusive que independe de quem sejam, e agora ele passam por uma experiência terrível dessas ? Os alunos da escola estão chocados com o que aconteceu. Fiz questão de comparecer junto com os pais desses estudantes na DP para relatar esse triste fato. Esses estudantes são como filhos pra mim”, disse Alcinéia. “Em pleno século XXI isso ainda acontece em nosso país. Esse fato não se esgota na esfera criminal. Não desejamos isso para nosso país”, disse José Carlos de Araujo, que junto com a diretora, os alunos, e com a cópia do registro levou também ontem o fato ao conhecimento da Secretaria Estadual de Assistência Social de Direitos Humanos para que providências sejam tomadas.
Representantes da Editora Abril não retornaram as ligações da redação.

FONTE: Jornal A Tribuna RJ

Dessa vez, Lobato é inocente


Enviado por Marcela Freitas 7/9/2011 00:19:59

Duas estudantes de Niterói vítimas de racismo denunciaram o caso na 77ª DP (Foto: Lucas Figueiredo) :

A Bienal do Livro deste ano, realizada na zona oeste do Rio, viveu ontem uma história de racismo que não saiu dos livros de Monteiro Lobato: foi vivida e contada por duas estudantes da rede pública de Niterói. O episódio, registrado na 77ª DP (Icaraí), envolveu alunas do Colégio Estadual Guilherme Briggs, localizado em Santa Rosa, e o funcionário de uma editora.

As estudantes alegaram terem sido humilhadas pelo funcionário com palavras racistas - a exemplo do que Lobato fazia com a Tia Anastácia nos episódios do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Dessa vez, contudo, o conto infantil virou caso de polícia, a história e os personagens são reais e Monteiro Lobato é inocente. O vilão fugiu após as ofensas e o caso carece de final feliz. ...

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Alunas de escola pública sofrem injúria e discriminação racial na XV Bienal do Livro – RJ

“Não vou dar senha porque não gosto de mulheres negras”, “Você é favelada e preta de cabelo duro”.

Uma das piores formas de discriminação é a feita em função da origem étnica, atingindo a dignidade e integridade do outro.

Isso aconteceu ontem, 05/09, na XV Bienal do Livro – RJ, no Riocentro, quando durante a visitação de alunos o Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Niterói, no stand da Editora Abril/Veja – assinaturas, duas alunas se dirigiram ao atendente da Editora citada para pegarem a senha de acesso para autógrafo com artista e sofreram a prática de injúria e discriminação racial. Depois de ficarem na fila aguardando a vez, o funcionário além de se negar a fornecer a senha de autógrafo para as alunas, também afirmou, verbalmente, que não iria dar senhas porque não gostava de mulheres negras. Mesmo ofendida uma delas insistiu e ainda ouviu que não ia ganhar porque era favelada e de cabelo duro. A aluna citou que o que ele estava fazendo era “bulling”, “crime”. Ele respondeu: "Pode ser o que for, e que não ia dar nada para mim”. Voltando com o grupo de colegas, chorando, a Diretora do Colégio ficou sabendo e, ainda no Riocentro, voltou ao stand, se dirigiu ao gerente da Editora denunciando o fato e o funcionário, e ouviu a seguinte frase: “Ele estava brincando”, “Não leve isso a sério, senão vai prejudicar a empresa”.

“Discriminação racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.” Art. 2º, inciso I do Estatuto da Igualdade Racial.


Vendo que não adiantava sua denúncia no local, a Diretora fez um Registro de Ocorrência, na 77ª Delegacia de Polícia, em Niterói, sob o nº 077-05231/2011-01 e encaminhou aos órgãos competentes do Estado (Cedine, Supir).

“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Albert Einstein

A UMBANDA NO CONCEITO DA SECRETARIA DE CULTURA DE NITERÓI. PASMEM!!!


Niteroiense, você já teve acesso ao livreto Niterói: Usina Cultural 2010? Você, que é adepto da religião de matriz africana, em especial a umbanda, leie o texto a seguir:

"LENDAS URBANAS: Primódios da Umbanda - Niterói também está presente nas origens da Umbanda. Em 1908 na Federação Espírita em Niterói um jovem de 17 anos - Zélio Fernandino de Moares, foi convidado a participar da mesa espírita. Ao serem iniciados os trabalhos, manifestaram-se em Zélio espírito que diziam ser de índio e escravo. O dirigente da mesa pediu que se retirassem, por acreditar que não passava de espíritos atrasados "sem doutrina". As entidades deram seus nomes como Caboclo das 7 Encruzilhada e Pai Antônio. No dia segunte, as entidades começaram a atender na residência de Zélio todos àqueles que necessitavam e, posteriormente, fundaram a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade."

No mínimo, os autores responsável por este texto, insano, mal produzido pela Secretaria de Cultura de Niterói, deveriam se retratar urgentemente. Considerar a Umbanda, uma religião genuinamente brasileira, nascida em Niterói, expandida por todo país e fora dele, com milhares de seguidores, como LENDA URBANA, é em mais um espaço do poder público, falar da cultura afro-brasileira, mostrando total desconhecimento da própria história de Niterói. É tratar a religião de forma preconceituosa e discriminatória.

- LENDA URBANA: são histórias que envolvem elementos ou situações banais do cotidiano, mas que por seu caráter inusitado, ou em muitos casos absurdo, provavelmente não aconteceram.

- LENDA URBANA: É lidar com casos tão disparatados quanto os que envolvem roubos misteriosos de órgãos humanos para transplante; contaminação por fornos de microondas e telefones celulares cancerígenos; caso da Loira do Banheiro, correntes pedindo ajuda para salvar crianças com leucemia; ou mensagens demoníacas escondidas em gravações musicais.”

Este é o poder público que representa a população de Niterói.

I Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa de Niterói e Municípios Vizinhos






A I CAMINHADA EM DEFESA EM DEFESA DA LIBERDADE RELIGIOSA DE NITERÓI E MUNICÍPIOS VIZINHOS, acoanteceu em 28/08 na Praia de Icaraí e contou com a participação de representantes de muitas religiões e até de pessoas sem credo.

--- A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pelos 58 estados membros conjunto das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, no Palais de Chaillot em Paris, (França), definia a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18:"Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular".

PELO CONVÍVIO HARMONIOSO DAS DIVERSIDADES DE CREDO, NITERÓI REALIZOU SUA PRIMEIRA CAMINHADA, CULTURAL, CONTRA INTOLERÂNCIA E DE PAZ, TODOS CAMINHARAM JUNTOS.